~ Everton Spolaor ~

A força do incomum

O homem comum acredita que a única forma de ser feliz é comprando coisas, sendo popular e cultivando aparências. Então, quando um amigo o trai, ele entristece grandemente.

Se perde o carro ou dinheiro, cai em prantos.
Se encontra uma ruga, sua autoestima desmorona.
Como sua felicidade depende de coisas sobre as quais não tem pleno domínio, vive com medo. Porque não raro as coisas que não dominamos vão embora.

Os amigos às vezes demonstram não ser amigos. As coisas estragam, perdem a importância ou são roubadas. A aparência envelhece.
E sendo variáveis as coisas externas a nós, o homem comum é instável, seu humor é variável e seus anseios são tolos. Daí advém que a verdadeira felicidade é a que vem do interior, não do exterior. Pois o que temos em nós mesmos não pode ser roubado, não envelhece, não nos trai.

Coloque o centro de gravidade da felicidade dentro de si, e não no exterior. Eis uma decisão sábia, um esforço que engrandece a existência.