Livro Inteligência
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Sobre o autor
Everton Spolaor
Sou um simples mortal que cultiva o constante aprimoramento do intelecto e que se esforça para tornar este mundo um pouco melhor. Seja bem vindo ao meu website.
Fontes de Inspiração:
Emerson, Einstein, Krishnamurti, Charles Darwin, Thoreau

As emoções são burras

Recentemente tive que apresentar um trabalho no auditório de uma empresa. Momentos antes de fazer a apresentação fui tomado por um estranho nervosismo, uma sensação chata e completamente irracional. Fiquei um pouco apreensivo. Imagine subir no palco e "travar" ou começar a ga-ga-gaguejar. Seria o maior fiasco.

Enquanto aguardava o momento de começar a apresentação fiquei pensando comigo mesmo (claro! Pensando com a moça que serve o cafezinho é que não poderia ser...) que não fazia o menor sentido ficar nervoso apenas porque ia falar diante de algumas pessoas. Que mal poderia haver em um monte de olhos me olhando? Nem havia tanta gente assistindo. Mas por mais que eu tentasse controlar aquela sensação idiota, não conseguia. Parecia até que eu estava me preparando pra saltar de pára-quedas sem ter certeza se a mochila nas minhas costas continha realmente o pára-quedas ou se estava cheia de roupa suja. Imagine saltar e no meio do caminho ver um monte de cuecas voando...

Então lembrei que alguns dias antes havia visto numa livraria vários títulos que estão relacionados a uma tal de "inteligência emocional". Aliás, observando a grande variedade de títulos à venda, não pude deixar de reparar na enorme quantidade de livros que abordam a inteligência de uma forma que de inteligente tem apenas o título.



É uma tal de inteligência emocional pra cá, inteligência espiritual pra lá, inteligência quântica acolá... Tem até livro de inteligência sexual! Os autores destes livros foram espertos (ou inteligentes?) em usar a palavra "inteligência" nos títulos, pois ela certamente dará um empurrãozinho nas vendas. Mas qualquer pessoa com um mínimo de esclarecimento sabe que inteligência é uma só. Não existem tipos diferentes de inteligência. Cada um de nós tem um certo nível de inteligência que, associada com suas habilitades, nos confere uma maior ou menor capacidade de resolver problemas. Não existe esse negócio tosco de inteligência emocional, inteligência espiritual, inteligência tântrica, sexual ou seja lá qual outro nome inventaram por aí.

Com a "inteligência emocional" - dizem os seus defensores - pretende-se, afinal, ajustar os nossos comportamentos aos diferentes desafios que se colocam nas relações humanas: nas empresas, nas famílias, na vida pública. A crença cresceu de tal modo que, repentinamente, ela passou a ser vendida como a "chave para o sucesso na vida"! Que bobagem!

Quantas vezes já soubemos de pessoas inteligentes que se deixaram levar pelas emoções e acabaram cometendo verdadeiras atrocidades? Quantas vezes já vimos pessoas cultas, auto-controladas e inteligentes perderem seu domínio emocional de um instante para outro? Muitas, certamente!

Emoção não tem inteligência. É uma sensação primitiva, bruta, uma cavala! Podemos até tentar disfarçar que não estamos sentindo uma vontade doida de dar um soco na cara daquele chefe imbecil e podemos até disfarçar a vontade de dar uma gargalhada quando alguém tropeça e dá de cara no chão bem na nossa frente, mas isso não tem nada a ver com inteligência. São apenas facetas comportamentais. É apenas a nossa educação sendo praticada.

Da mesma forma, eu poderia até disfarçar que estava mais calmo que cachorro de açougueiro, mesmo estando mais nervoso que gato em dia de faxina (ou mais nervoso que siri em lata, se preferir) mas isso tinha a ver apenas com educação, não com inteligência.

Definitivamente, não existe esse negócio de inteligência emocional. Emoções são burras, idiotas, tontas, verdadeiras antas. Quer controlar suas emoções? Faça como eu. Não use a inteligência, use a distração. Pensando em tudo isso que posteriormente escrevi, acabei me distraindo e, com a distração, o nervosismo se foi.

Um abraço,

Everton Spolaor


Comentários dos visitantes:

From: Obscuro
Date: Abril

Minhas emoções são altamente racionais, sou pouquíssimo sentimental, então eu amo intensamente como qualquer pessoa, mas as coisas funcionam de uma forma mais controlada, mais pé no chão, então se noto que o amor não vale a pena e que me atrapalha a individualidade, privacidade, estuturas internas e externas e estilo de vida eu termino qualquer namoro bem rápido após calcular meus passos.

From: "Vinicius Dias" [vinicius_dias_br@yahoo.com.br]
Date: Tue, July 28, 2009 9:45 pm

Bom, acho que é impossível fazer algo sem emoção, mesmo que ela for imperceptível.
Acho que em todo momento de criatividade, inteligência há um pouco de emoção."As emoções dão objetividade ao nosso pensamento."Porém, a emoção para por ai.
Ela em si é burra mesmo, e sem a razão-mesmo esta dependente da emoção- vai acabar dando em nada.

De: Clara [ilustraluz@yahoo.com.br]
Enviadas: Quinta-feira, 21 de Julho de 2011 15:58

Everton,
Gostaria de colocar minha opinião sobre o conceito de Inteligência Quântica. É um conceito extremamente coerente e me permito sugerir a você que leia o livro. Aqui vai um trecho interessante do livro: Baseados em uma forma restritiva de pensar, classificamos as pessoas, e passamos a dar nomes para as suas “inteligências” em função das capacidades que cada uma possui. Por exemplo: falamos na inteligência lingüística e verbal, que surge a partir da habilidade de falar e de escrever bem, e na inteligência matemática e lógica que surge da habilidade de raciocinar e de calcular. Estas e outras inteligências se restringem ao tipo de capacidade que a pessoa possui ou que possuirá, conforme se dedique mais ou menos ao seu desenvolvimento. A IQ, no entanto, se refere ao ser como um todo e, portanto, não se limita a capacidades específicas, ao mesmo tempo que permite trazer para o consciente todas as capacidades. Por isso, com a IQ, o ser vai muito além de suas capacidades. Com esse trecho, podemos ver que o autor inclusive concorda, de certa forma, com o que você coloca em seu texto, mas vai além e explica que existe sim uma inteligência que se refere ao ser - algo muito além de suas possíveis capacidades. Ele utiliza a palavra inteligência da única forma correta, segundo inclusive você coloca, porque ela é inerente ao ser e independe de suas capacidades.Bem, gostaria de contribuir, dizendo que é sempre necessário fazer uma análise mais profunda e ancorada em informações obtidas e analisadas por nós mesmos. Assim não corremos o risco de classificar como ruins boas propostas que, como é o caso deste livro, pode auxiliar muitas pessoas em seus processos de evolução. Me sinto bastante a vontade para defender a proposta deste livro, porque o analiser criteriosamente. Sou Engenheira e por certo não estaria defendendo qualquer proposta que atentasse contra a ciência. Aliás o autor do livro é Físico. Obrigada pela oportunidade de manifestação.


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