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    Everton Spolaor
    Sou um simples mortal que cultiva o constante aprimoramento do intelecto e que se esforça para tornar este mundo um pouco melhor. Seja bem vindo ao meu website.
    Fontes de Inspiração:
    Emerson, Einstein, Krishnamurti, Charles Darwin, Thoreau

    A brevidade da vida
    Será que a vida é curta demais?
    por Everton Spolaor

    Há momentos em minha vida, especialmente quando tomo conhecimento da morte de algum conhecido, em que tenho a nítida sensação de que a vida é curta demais.
    Seria a nossa existência um mero lampejo perdido no infinito horizonte do tempo?

    Eu, pois, vos convido a embarcar comigo em uma pequena viagem através dos devaneios do pensamento.


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    Acredito piamente que viverei pelo menos uns 100 anos neste mundo. Pois é. Vocês terão que me aturar por muito tempo. Mas já estou na metade do caminho. E isso é, de certa forma, angustiante, não é mesmo? Saber que metade da vida já escorreu através dos dedos é uma inquietante percepção.

    Mas o que será que pensaríamos se ao invés de vivermos até os 100 anos de idade pudéssemos viver até os mil anos? Você já se imaginou tendo uma vida de mil anos?

    Tentei imaginar como seria se eu tivesse 500 anos de idade e com expectativa de viver até os 1000 anos. Neste caso, se refletisse sobre meu passado, será que eu teria a sensação de que muito tempo já haveria passado, ou será que novamente teria este nefasto pensamento do tipo "Pelas barbas do tubarão! O tempo voa, já estou com 500 anos!"? E se, aos 500 anos de idade, eu imaginasse meu futuro, será que ficaria contente por saber que teria pela frente ainda meio século de existência, ou uma angústia dominaria minha consciência, fazendo-me lamentar por saber que consumida está a parte mais jovem do meu existir?

    Ora, pensando sobre isso cheguei à convicção de que o problema não é exatamente o tempo em si. A vida não é sinônimo de tempo, mas do quanto vivemos de forma plena. Se uma pessoa tem idade avançada, isso não significa que ela viveu muito. Significa apenas que ela existiu por muito tempo. O quanto ela verdadeiramente viveu irá depender de quanto tempo ela dedicou a si mesma, do quanto aprendeu a viver para si mesma.

    Viver para si mesmo. Eis a chave para uma vida longa.

    Mas o que, afinal de contas, significa "viver para si mesmo"?

    Para você entender o que é viver para si mesmo, vou pedir que faça um pequeno esforço de imaginação. Por favor, faça o seguinte, em sua mente:

    Remova de sua vida, imaginariamente, tudo o que você faz para ganhar dinheiro e que não lhe seja absolutamente agradável e prazeroso de tal forma que o dinheiro chegue a ser menos importante que a própria satisfação do trabalho (por exemplo, remova de sua vida a prática de trabalhar como empregado executando tarefas, trabalhar sob as ordens de alguém, ter que bajular pessoas para conseguir favores, estudar algo apenas para tentar ganhar uma promoção etc.). Pois isso é viver para os outros, não para si mesmo. Imagine, então, sua vida sem todas essas atividades.

    Remova também tudo o que você faz para não ser mal visto pelas outras pessoas (dizer algo quando em verdade queria dizer outra coisa, elogiar alguém quando em verdade queria xingá-la, frequentar um local contra sua vontade, usar um tipo de roupa só para aparentar algo que em verdade não és etc.). Pois isso também é viver para os outros.

    Remova de sua mente todas as ideias e crenças que não são verdadeiramente suas, mas que foram colocadas na sua mente por outras pessoas, pelos seus pais, pela escola, pela religião etc.

    Remova, por fim, tudo o que você faz com o intuito único de se distrair (ver televisão, ouvir músicas, ir em festas etc.). Pois distrações são meios de você não estar consigo mesmo. Distrações são coisas boas e necessárias, mas quando em exagero são capazes de sufocar uma personalidade.

    Imagine agora tudo o que sobrou depois que tirou todas estas coisas de sua vida. Pois justamente o que sobrar, isto é a sua verdadeira natureza, este é o seu verdadeiro eu. Tudo o que você fizer que esteja em sintonia com seu verdadeiro eu poderá ser considerado como vida verdadeira. Tudo o que não estiver em sintonia com seu verdadeiro eu, não é vida. É apenas distração, é apenas existência, não vida.

    Por exemplo, há pessoas que nasceram com uma forte inclinação para as artes. Uma pessoa assim sente vontade de pintar quadros, de esculpir, de trabalhar cores e formas, sente que estudar as expressões da natureza é o que a identifica como ser humano. Se esta pessoa abrir mão de sua verdadeira natureza e for trabalhar como advogado, médico ou qualquer outra coisa, estará deixando de viver. Seus momentos de vida verdadeira se reduzirão a um ou outro momento de compensação.

    De fato, Krishnamurti já dizia que para viver é preciso meio que morrer.

    Vejam, é fácil notar que para uma criança o tempo parece se arrastar tal como doce de leite escorrendo pelas fímbrias de um pão quente, enquanto que na vida adulta a impressão que temos é a de que alguém lá em cima afundou o pé no acelerador temporal. Mas o que será que fizemos de tão terrível entre a infância e a idade adulta, que acabou por acelerar nossa sensação de fluxo do tempo?

    Alguma coisa muito errada deve ter ocorrido neste intervalo. E o erro foi deixarmos de ser nós mesmos. Quando você era criança, não parecia uma eternidade a semana que antecedia o Natal, tamanha era a expectativa de chegada dos presentes? E uma simples caminhada com a família, para ir de casa até a beira do mar, não parecia uma longínqua jornada?

    Um antigo pensador certa vez disse:

    “Não temos exatamente uma vida curta, mas deperdiçamos uma grande parte dela. A vida se bem empregada, é suficientemente longa e nos foi dada com muita generosidade para a realização de importantes tarefas. Ao contrário, se desperdiçada no luxo e na indiferença, se nenhuma obra é concretizada, por fim, se não se respeita nenhum valor, não realizamos aquilo que deveríamos realizar, sentimos que ela realmente se esvai.”

    Perscruta a tua memória: quando atingiste um objetivo? Quantas vezes o dia transcorreu conforme o planejado? Quando usaste seu tempo contigo mesmo? Quanto mantiveste uma boa aparência, o espírito tranquilo? Quantas obras fizeste para ti com um tempo tão longo?

    Quantos não esbanjaram a tua vida sem que notasses o que estavas perdendo? O quanto de tua existência não foi retirado pelos sofrimentos sem necessidade, tolos contentamentos, paixões ávidas, conversas inúteis, e quão pouco te restou do que era teu? Compreenderás que morres cedo.

    A expectativa é o maior impedimento para viver: leva-nos para o amanhã e faz com que se perca o presente.

    Note que até mesmo na hora de almoçar as pessoas não vivem o presente. Sentada à mesa, ela ingere alimentos, mas nunca presta atenção no momento. Sua mente está pensando em algo que fez ou em algo que precisa fazer. Seu corpo está se alimentando, mas sua mente permanece vazia de si mesmo. Viver é estar presente no presente. Então preste mais atenção em você mesmo. Esteja mais presente na vida.

    Bem, depois de refletir sobre esta questão toda, e considerando que o homem é um ser cuja natureza o incita a constantemente descobrir o novo, a querer sempre mais, a desejar evoluir, cheguei à indelével conclusão de que a vida é curta mesmo. Não pelo tempo, mas pelo simples fato de que, dada sua natureza humana, ninguém pode chegar ao fim da vida e sentir que tudo o que viu já está de bom tamanho. Queremos sempre ver mais, experimentar mais, viver mais. No entanto, ao chegarmos ao final da vida, quem viveu para si mesmo pode ser comparado a um homem que comprou um ticket para divertir-se em uma montanha russa e dela aproveitou cada instante, cada loop, cada impulso contra a gravidade, enquanto que o que viveu para os outros é como aquele que cerrou os olhos e só os abriu quando o trem parou, perdendo assim toda a diversão, simplesmente por ter medo de viver ou porque estava esperando o trem chegar ao fim da viagem.

    Sêneca certa vez disse: “Muito breve e agitada é a vida daqueles que negligenciam o presente e temem o futuro. Quando chegam ao fim, os coitados entendem, muito tarde, que estiveram ocupados fazendo nada.”

    Já Érico Veríssimo dizia que “Felicidade é a certeza de que a vida não está passando inutilmente”

    Pense você também sobre estas coisas e avalie o quanto você vive para si.
    Quem leva uma vida com prudência e sabedoria não corre o risco de chegar ao fim da vida e se identificar com "Epitáfio", dos Titãs:

    Devia ter amado mais
    Ter chorado mais
    Ter visto o sol nascer
    Devia ter arriscado mais
    E até errado mais
    Ter feito o que eu queria fazer
    Queria ter aceitado as pessoas como elas são
    Cada um sabe a alegria e a dor que traz no coração

    O acaso vai me proteger
    Enquanto eu andar distraído
    O acaso vai me proteger
    Enquanto eu andar distraído

    O acaso vai me proteger
    Enquanto eu andar...

    Devia ter complicado menos
    Trabalhado menos
    Ter visto o sol se pôr
    Devia ter me importado menos
    Com problemas pequenos
    Ter morrido de amor
    Queria ter aceitado a vida como ela é
    A cada um cabe alegrias e a tristeza que vier

    O acaso vai me proteger
    Enquanto eu andar distraído
    O acaso vai me proteger
    Enquanto eu andar distraído
    O acaso vai me proteger
    Enquanto eu andar...

    Devia ter complicado menos
    Trabalhado menos
    Ter visto o sol se pôr

    Espero que este texto lhe seja útil. Grande abraço!

    Everton Spolaor

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    Se tivesse que escolher um único elemento que viesse a ser distribuído entre todos os homens, eu não escolheria dinheiro, nem amores e nem mesmo saúde. Desejaria que o homem tivesse uma maior inteligência. É certo que o mundo seria muito mais justo e que a vida se desenrolaria com uma qualidade superior se nos relacionássemos com pessoas mais cultas, mais sábias.


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